sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A vida no séc. XXI

Uma pessoa sabe que anda a passar muito tempo na Internet quando vai na via rápida, está a chover torrencialmente, está atrasada para uma reunião, de repente o carro avaria, e a primeira coisa que pensa é: "Merda, eu sabia que devia ter reencaminhado para 7 pessoas aquele mail sobre a fome no Botswana!!"

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Mais um...

Este foi feito no Insula no fim de uma maratona de quase 7 horas de espectáculo... Sim, leram bem, 7 horas. Já estávamos assim, como que, tipo, mortos! e o público já se remexia impaciente nas cadeiras, mas ainda assim até correu bem...
Divirtam-se...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Quem é que faz essas leis mesmo?

Segundo esta notícia, parece que, afinal, a Lei do Tabaco é para ser seguida conforme a interpretação pessoal de quem a lê. Parece que, afinal, já se pode fumar nas discotecas, sendo que os órgãos de soberania, os centros comerciais, as feiras, os aeroportos, as estações ferroviárias, os locais de trabalho, as salas de espectáculo, e até os estabelecimentos de ensino e lares podem vir exigir tratamento igual já que se englobam no mesmo Artigo da Lei.

Pergunta: Porque é que é expressamente proibido fumar num bar quando a mesma Lei deixa uma porta aberta para que se possa fumar numa escola?

Já estou a ver um fumador a ser abordado por um empregado num bar:

- Olhe, desculpe, não pode fumar aqui, só lá fora.
- Mas está a chover torrencialmente…
- Então vá aqui ao lado, à Escola Primária, que se pode fumar lá. Ouvi dizer que os putos da 4ª classe fumam na sala de aula e tudo.
- Ah, sim?
- Sim, e até instalaram sinalização, sistemas de extracção e ventilação autónoma… directamente para o exterior, claro!
- Claro!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Um conto infantil... (a ver se as crianças percebem o que se está a passar)

A Segurança, ou a falta dela, estava muito em voga lá na Floresta. Sempre tinha sido seguro viver ali. Só para verem, os animais antigamente nem fechavam as portas das tocas e as crias brincavam na rua e iam a pé sozinhas para a escola sem que os pais tivessem medo que fossem atropeladas, que fossem raptadas, violadas, esquartejadas, que apanhassem frio, que pisassem merda de cão... ôôps, espera lá. Isso é um conto infantil, não posso usar essas palavras. Deixem-me só reformular a última frase… Sem que os pais tivessem medo que pisassem merda de algum mamífero canídeo. Pronto, ficou melhor.

O problema é que nos últimos tempos as coisas estavam a ficar agrestes. Ouvia-se cada vez mais falar de assaltos, vandalismos, assédios, drogas, mortes e violência. Não se falava de outra coisa.

A criminalidade tinha aumentado lá na Floresta, é verdade. Mas enquanto a criminalidade subia 20 ou 30%, o sentimento de insegurança subia 80 e 90%. E porquê? Porque a Floresta era um sítio pequeno, os animais sabiam de todo e qualquer assalto e assaltozinho que acontecia e, para além de não estarem acostumados a esta realidade, desde que os jornais haviam descoberto que essas notícias vendiam como mel, faziam manchetes histéricas sempre que podiam.

Ora bem, era ano de eleições e um dos leões lá da selva, que queria a toda a força ser o Rei, mal soube disso viu logo uma oportunidade para falar mal do actual Rei e ganhar uns pontos junto do reino animal. Lá foi ele para a televisão e para os jornais, agarrado aos cabelos e aos gritos, dizer: “A culpa disso tudo é do actual Rei da Selva! E o assassinato do Kennedy e o acidente de Chernobyl também foi ele. Tudo culpa dele, é o que vos digo!!”

O presidente dos esquilos, que simpatizava com aquele leão, aproveitou logo para fazer uma reunião com os esquilos todos para debaterem a questão da insegurança na Comunidade dos Esquilos. O presidente das raposas fez o mesmo, e o presidente dos javalis, e dos veados… Enfim, todos aqueles que não gostavam muito do actual Rei da Selva fizeram as suas reuniões e, claro, com o máximo alarido que conseguiram.

Para o fim até haviam lá pelo meio uns grupos dispersos de andorinhas e uns chimpanzés que ameaçavam fundar milícias, assim numa cena à favela...

O Rei da Selva, vendo isso tudo e não querendo ficar para atrás nem querendo passar a impressão que não fazia nada em relação ao problema, teve de fazer também o seu papel. Manifestou a sua preocupação, fez lá o seu pé-de-vento, e até chamou o Chefe dos Tigres para lhe pedir justificações, já que eram os tigres os responsáveis pela segurança da Floresta.

Apareceram os jornais para lhes tirarem a fotografia da praxe e, mal os jornalistas saíram, o coitado do Chefe dos Tigres lá abriu a boca e disse: “Oh senhor, mas a gente prende os bandidos e tudo, só que eles nem chegam a aquecer os calabouços por causa das leis que os Leões vão inventando para o país sem nunca saírem das suas vivendas lá em Cascais. A gente até tem medo de apanhar os bandidos, não vão eles ficar com uma nódoa negra por causa das algemas e nós é que acabamos na cadeia ou a pagar-lhe indemnizações para o resto da vida por danos psicológicos e tretas assim”. O Rei da Selva encolheu os ombros e respondeu: “Eu sei, mas tenho que mostrar que estou a fazer alguma coisa, né?…”

O pior era que o aproveitamento político que se estava a fazer do recente fenómeno da criminalidade ofereceu um novo grau de alarmismo à situação. Enquanto todos os inimigos do Rei da Selva tentavam ganhar uns pontos às custas disso, fazia-se um espectáculo tão grande à volta da criminalidade que agora, mais do que antes, os animais vivem numa floresta com uma criminalidade de uma floresta do seu tamanho e em crescimento, mas amassados por um sentimento de insegurança como se vivessem na Amazónia!

Moral da história: Por muito má que seja uma situação, podemos sempre contar com os políticos para a piorarem…

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O Dia dos Amigos

Hoje é o Dia dos Amigos, uma data que, na minha modesta opinião, é de louvar. Aliás, é sempre de louvar qualquer iniciativa que defina um dia específico como uma altura em que uma série de excessos pré-definidos são socialmente aceites.

Tal facto, o criar dias que permitam abusos, não é estranho à História da humanidade, como todos sabem. Falo, por exemplo, de dias como a passagem de ano, o carnaval, os aniversários, etc., etc. Mas o interessante é que nós, os açorianos, não satisfeitos com todas as outras datas, ainda nos demos ao trabalho de inventar um dia regional onde, para além nos podermos entregar aos excessos do costume, ainda temos uma desculpa legítima para irmos ao strip com os amigos!

Somos ou não somos os maiores?!

Nós, manhosos como uns lindos, não escolhemos o Dia dos Amigos à toa, não senhor. Esta foi uma escolha escrupulosamente feita, medida ao milímetro. É que, feitas as contas, chegamos à conclusão que a Amizade é uma desculpa inabalável contra a maior parte dos argumentos:

- Com que então foste ao strip ontem, não foi?!
- Sim. Eu não queria nada ir, mas o pessoal foi todo, e eu acabei por ir também.
- Ah sim?! E se "o pessoal" se atirasse duma ponte, atiravas-te também?!
- Claro!! É para isso que servem os amigos, ora essa!
- ...

Claro que a tradição nem sempre incluiu esta valência, antes nem havia strip, mas depressa desencantamos uma maneira engenhosa de incluir esta nova “modalidade” na tradição do Dia dos Amigos, tendo-se tornado uma ida ao strip ela mesmo uma tradição. De facto, é tão tradição que, mesmo que não queiramos, é quase inevitável levarmos com um strip nas trombas, já que qualquer bar, barzito, pub e tasca tem lá uma senhora a despir-se…

Enfim. Depois desta pequena introdução à história comparada da tradição açoriana da exultação da amizade masculina, deixo aqui o desejo dum Feliz Dia dos Amigos aos amigos e, porque não?, o desejo antecipado dum Feliz Dia das Amigas às amigas.

PS- Eu sei, eu sei. As senhoras também vão aos strips no Dia das Amigas e tudo e tudo, mas sobre isso terão de ler um blog escrito por uma senhora...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Só mesmo porque sim...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Feira do Milionário na Holanda

Numa recente reportagem na SIC mostrava-se o que se podia comprar na feira do milionário que decorreu na Holanda. Os preços na generalidade eram caros como a merda! Talvez, por isso mesmo, o que mais me chamou a atenção foi uma sanita que custava 3.750 €, módica quantia face às restantes, sendo um dos poucos produtos que com algum esforço ainda conseguiria comprar, caso estivesse interessado em deslocar-me lá no meu jacto privado. Basicamente é uma sanita que nos lava com um jacto de água após accionarmos um comando. Digamos que é um invento ... vá lá... de merda!

P.S. - E com esta já vão duas entradas (as primeiras do novo ano) com o mesmo tema... Isto já começa a cheirar mal!

1º pensamento do novo ano

Mas por que raio festejamos todos a entrada no novo ano quando sabemos que os preços dos principais bens de consumo vão todos subir como a merda?
... Quer-se dizer, à priori poder-se-á pensar que a merda não tem preço e, por outro lado, não sendo propriamente um bem de consumo é, no entanto, o resultado do consumo de outros bens de consumo cujo preço está constantemente a subir. Dai poder-se concluir que a merda é um produto cada vez mais caro, mantendo mesmo uma tendência para cheirar cada vez pior.

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