quarta-feira, 29 de março de 2006

Comemoração Concertada

1 - Há dias em que se comemora tudo e mais alguma coisa e outros em que não se comemora nada. Isto é uma daquelas verdades à La Palisse, não tão boa como a célebre expressão “Vivo é diferente de estar morto”.
Isto tudo a propósito do dia 21 de Março, aqui relatado na primeira pessoa de um qualquer de nós: acordei, vivo, supostamente de manhã, com sono – na altura ainda não sabia que aquele dia, entre outros, era o Dia Mundial do Sono. Ainda na cama, lembrei-me de que naquele dia também chegava a Primavera. Num salto me ergui... para ver as azáleas, ainda mais floridas, as rosas e as estrelícias a “chilrear” de alegria – isto é figurativo, reparem que também era o Dia Mundial da Poesia.
Quis cheirar as árvores da floresta, neste seu dia aussi (é Francês), olhar a sua beleza e … onde estava o sol, as flores e os canteiros do jardim?!... No primeiro dia primaveril chovia a cântaros e fazia uma tempestade tal que destruiu mesmo algumas couves do quintal (foi só para rimar, Dia da Poesia, lembram-se?). Até os pobres Romeiros, com o vendaval, valeram-se do cajado e do xaile, a fazer de vela, que lhes permitiu recuperar o caminho perdido.
Se parecia um contra-senso, no primeiro dia de Primavera chover daquela maneira, efectivamente tudo estava planeado pelo divino: nós, os poetas, não tínhamos que nos levantar, não tínhamos que falar bem da Primavera, mas lamentarmo-nos poeticamente do cinzento daquele dia e por termos que ir trabalhar quando devíamos “comemorar o sono”…
Enfim, foi um dos dias mais longos do ano: fui trabalhar com sono e à noite assisti a sessões de poesia! O meu sobrinho também quis que eu ouvisse uma “prosa” que fez, a pedido da professora: “Neste Dia Internacional para a eliminação da discriminação racial” – ah, pois, ainda havia mais - “ eu portei-me muito bem. Em vez de quatro socos, só dei um murro, pequenito, a um dos chinocas que frequenta a minha escola. Mas não tenham pena dele, porque quando for grande ele vai ter muitas lojas e restaurantes e eu vou andar por aí só a chatear e sem fazer nada. Já estou com sono, mas, antes de me deitar, ainda tenho que plantar uma árvore no meu jardim, destruído pela tempestade deste primeiro dia primaveril …de bosta. Amanhã comemora-se o dia da Água e eu aproveito esta composição para dizer que a água é muito boa… mas o vinho, p--- que o pariu!”

2 - No dia da água, efectivamente choveu muito! Meter água é o que mais se vê! E por falar nisso, em discriminação e em Primavera - altura em que os carrapatos começam a mostrar-se - atente, o leitor, numa notícia avançada pelo DN: os portugueses ficaram a saber que a Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) deixou caducar uma alegada dívida de IRS superior a € 740 mil ao contribuinte António Carrapatoso. Ao que parece, o António, coitado, é empresário. É presidente de uma pequena empresa que até alguns podem conhecer… chama-se Vodafone Portugal. O nome realmente é familiar, não é?
A dívida diz respeito a rendimentos auferidos em 2000 e, segundo o DN, “teria de ser notificada ao contribuinte até 31 de Dezembro de 2004. Mas não foi isso que aconteceu: a liquidação só foi feita em 2005, fora do prazo legal”.
Agora, pouco ou nada há a fazer de forma a recuperar a dívida. A situação fiscal do Carrapatoso está em ordem …uma maravilha.
Ficamos felizes pelo António! A sério! Pobre do homem. Ele é trabalhador, humilde e pobre… de certeza que esses € 740 mil ficam melhores no bolso dele do que nos bolsos do Estado que está cheio de dinheiro e é muito gastador.
É mesmo típico do Governo, andar atrás dos trabalhadores.
Numa história não relacionada, um de nós foi chamado às Finanças no ano passado para pagar “com urgência” uma dívida ao fisco de 7,41 euros. A penalização pelo não pagamento desta dívida era cadeia…
In Azórica, nº 45, Jornal dos Açores, Edição de 25 de Março de 2006

segunda-feira, 20 de março de 2006

Uma fábula moderna

Baduel Franguinho na qualidade de porta-voz dos galináceos e aves em geral, dirigia-se frequentemente à ordem dos veterinários a fim de protestar contra a discriminação que estavam a ser alvo.“Quer-se dizer, os humanos apanham uma “constipaçãozita” e vão logo com urgência para o hospital, nós constipamo-nos e vamos logo com urgência para o matadouro!", dizia ele.
1 - Baduel Franguinho - sempre se chamou assim, mesmo antes de lhe ter sido diagnosticada uma forte gripe -, na qualidade de porta-voz dos galináceos e aves em geral, dirigia-se frequentemente à ordem dos veterinários a fim de protestar contra a discriminação que estavam a ser alvo.
Durante muito tempo tinha sido treinador de guarda-redes: treinou o Ricardo e o próprio Baia, ambos conceituados “frangueiros”, que só não põem ovos porque os calções que usam costumam ser apertados. Como gostava de galinheiros, Baduel também chegou a ser piloto da SATA. Agora, desempregado e doente, ninguém o queria…
Tantos animais no mundo e tinham que ser as aves, as principais vítimas desta terrível doença, elas que nem têm narizes e que têm apenas na boca um dente chamado bico com uns orifícios pequeninos…
“Isto está mal!”, dizia ele a uma vaca. “Quer-se dizer, os humanos apanham uma “constipaçãozita” e vão logo com urgência para o hospital, nós constipamo-nos e vamos logo com urgência para o matadouro! É pá, estamos constipados…né?! Metam-nos mebocaína na ração!” E continuava, “o que eles estão a fazer é perseguição, é galofobia… é galinicismo, um racismo contra as galinhas que já vem de há muito tempo atrás.”
A vaca nada disse, pois não queria lembrar-se da época em que toda a gente a considerava louca, ao ponto de ficarem deprimidas, todas malhadas e a tremer só com o medo de também terem que ser abatidas.

2 - Baduel Franguinho tinha razões para este descontentamento. Reparem nos seus mais profundos sentimentos reprimidos: “os humanos, inclusive, invadem a nossa privacidade… abrem o nosso armazém quando bem lhes apetece e depois metem o dedo no rabo das minhas galinhas para ver se têm ovos. Isso é assédio, é uma grande violação …do segredo de justiça. Para nós, isso é pior do que fazer caricaturas do nosso Deus Galomé! E a nós, ninguém nos vê na rua a queimar bandeiras!”
Para já não falar na humilhação que sentia quando, frequentemente, via as suas galinhas na Xurrex com as pernas abertas, todas escancaradas… para outros as comerem! “Isso não se faz, pá!”
Baduel não conhecia o “gajo” de que tanto falavam… o H5N1! Sobre a gripe, apenas tinha a dizer que os aviários não eram propriamente hotéis de 5 estrelas, havia sempre uma aragem e, já se sabe, o “galinhoal” constipava-se!

3 - Junto do veterinário sempre ia dizendo: “Andam para aí outros animais…hipopótamos, girafas … disfarçados com umas gabardinas e com doenças super-contagiosas e vocês não ligam”. Quando o veterinário lhe disse que nunca viu assim nenhum desses animais, Baduel respondeu “Pois é! Lá está! Estão bem disfarçados!”
Estava triste e revoltado. Sempre havia tido cuidado no contacto com as outras aves, até o sexo era seguro: “tenho sempre as redes de protecção à volta do aviário”, fazia questão de ressalvar. Só tinha receio de um encontro casual que havia tido com uma avestruz vinda de parte incerta. “Aquela avestruz tinha cá umas pernas!”, lembrava ele. “Veio para cá de férias, trouxe o namorado, o ganso dela…eu apaixonei-me, deu-me os calores, afoguei o ganso dela e depois afoguei o meu”.
Mas o que ele vinha mesmo dizer é que a alteração das penas não pode ser entendida como uma das formas de manifestação da doença: “Sr. Veterinário, os suspeitos da Casa Pia, primeiro estavam todos presos, agora já não, as suas penas estão sempre a ser alteradas e eles não estão infectados…ou será que estão?!” Era um argumento forte!

P.S. – Pedimos desculpa aos nossos leitores pelo conteúdo “fabuloso”, um tanto naive, deste artigo, mas neste momento estamos muito ocupados a preparar uma OPA qualquer…
In Azórica nº 44, Jornal dos açores, Edição de 18 de março de 2006

quinta-feira, 16 de março de 2006

Estes pintaínhos têm cá uma piada



(Clicar na img)

Novo verbo (conjugar no presente do indicativo)

Eu OPO
Tu OPAS
Ele OPA
Nós OPAMOS
Vós OPAIS
Eles OPAM... como o caraças!

El Greco

terça-feira, 14 de março de 2006

VII El Açor - Momentos II

Nos Bastidores, antes de entrar em cena a História Açoriana do "Julieu e Romieta"... começava assim:

Belas donzelas e nobres cavalheiros que aqui estais neste lugar. Por certo conhecereis a história de que vos vou falar, a mais bela história de amor que este mundo conheceu… a História da trágica paixão de Romieta e Julieu…

Tudo se passou em terras distantes, entre famílias inimigas… um amor proibido e impossível, florescera entre enredos e brigas… escaldante o sexo em banhos de jaccuzzi com flores… uma história em tudo semelhante a uma outra que se passou nos Açores…
Aqui, duas famílias desavindas e com um ódio mortal: ela uma verdadeira tentação … uma Pamplona…da Terceira, a ilha da depressão… e ele de S. Miguel, um Bensaúde comercial … filhos apaixonados que se separam no final…

Julieu, Romieta, o fiel escudeiro João P. e o Narrador (clicar na img)

VII El Açor - Momentos I

Nos bastidores, antes do grande momento de fado que teve o patrocínio do Ministério dos Negócios Estrangeiros Português. O Prof. Freitas do Amaral, como forma de combater os ódios, as divisões, a intolerância e evitar, a todo o custo, uma guerra de civilizações, teve a excelente ideia de promover uma aproximação dos povos através do fado. Tivemos fadistas de vários continentes, de vários costumes… de vários credos…



Do Continente Africano veio Joaquim Savimbi, do Continente Americano/Brasil, Jarson Bagodinho e do Médio Oriente, Mohamed Al Sacani… Foram eles que deram voz ao Fado civilizacional, acompanhados à viola pelo guitarrista local José António. Aqui fica a letra para a posteridade:

(clicar na img)


1 - Fui dançar uma quizombada
Comi uma cachupa com o dedo
Chegou um leão para mim
Tens uma juba que mete medo

Temos cólera, diamante
Pobreza e marfim
Temos Mantorra e uma coisa que é assim…

Temos coqueiro e bananal
E Angola no Mundial
Que no 1º jogo vai perder com Portugal

2 - Vim do Brasiú para cá
Uelele…uelelá
Fazer uma igreja univerrsau
Uelele…uelelau

Vim jogar um futebol
P’ra essa terra que não tem sol
Uelele…uelele…uelelol

Tenho saudade do “Carnavau”
De bundinha e fio “dentau”
E o que eu quero é uelele…uelelau

3 - Achrramalac….. não achar piada
Achrramalé….. caricaturas Maomé
Achrramalác….. fogo à embaixada
Achrramali….. cortar o pé

Oxerrmalec matar infiel…….
Oxerrmalac ir pró céu
Oxerrmalir homem bomba explodir

achrramalal … achrramalal
setenta virgens …pró Freitas Amaral
achrramalão caricaturas é que não

(música do Fado do Estudante do Vasco Santana no filme “Canção de Lisboa”)

VII El AÇOR - 2006

Mais uma vez o Coliseu Micaelense foi o palco do grande festival. Nos dois dias ( 10 e 11 de Março) a casa esteve cheia para assistir a um grande espectáculo de brilho, luz, côr e humor proporcionado pelos Tunalhos... ( as Tunas, também ajudaram... um pouco).
Destaques
No 1º dia: o momento cultural do ano no Coliseu (a trilogia de Tchaikovsky: "A Bela adormecida no Lago dos Cisnes a quebrar nozes"; Açores Capital da Cultura - 2010; Lançamento da cadeia de Fast food "Mac' Nalhos"; Crazy Kill - banda de metal; Máquina de ler o pensamento/Interactivo com público
No 2º dia: Entrevista com o poeta Análio Brum; Fado Civilizacional; Comunicado de imprensa do Magnífico Reitor/Limiano; Missão (Im)possível/Interactivo com público; História Açoriana de Julieu e Romieta;

segunda-feira, 13 de março de 2006

Os eufemismos da vida

Os eufemismos são casos notáveis da língua portuguesa. São, por assim dizer, uma forma de tornar mais suave, mais bonita, ou mais importante, coisas que não o são. Por exemplo, um "trolha" eufemisticamente pode ser chamado de "mestre-de-obras", um "taxista" transforma-se num "condutor de praça"... Qualquer dia os "repatriados" passarão a chamar-se "técnicos de esfaqueamento e deglutição de álcool e tabaco cravados".

1- Os eufemismos são casos notáveis da língua portuguesa. São, por assim dizer, uma forma de tornar mais suave, mais bonita, ou mais importante, coisas que não o são. Existem três tipos de eufemismos (esta já é a parte em que estamos a inventar): os eufemismos de suavização, os de embelezamento e os de promoção.
Mas, melhor do que estar a tentar explicar é dar alguns exemplos.

1.1- Assim, temos em primeiro lugar os eufemismos de suavização. São casos em que se procura suavizar algo muito mau, tipo: o médico, apercebendo-se que o paciente tem uma doença mortal, pode dizer "Olha pá, lixaste o fígado todo por causa do tinto, por isso encomenda o caixão que vais morrer", ou então, podia utilizar este tipo de eufemismo, o que resultaria da seguinte forma: "Meu caro, temo que as quantidades de álcool que foi ingerindo ao longo da sua vida lhe alteraram a funcionalidade hepática e isso irá conduzi-lo a um estado em que o seu coração parará" - muito mais suave!

1.2- O segundo tipo, os de embelezamento, surge, por exemplo, quando uma pessoa vai ao cinema ver um filme foleiro (ou seja, do Joaquim de Almeida) e diz "Esta película não me fez sorrir e, por conseguinte, parece-me pertinente compará-la a uma pilha de dejectos de bovino", em vez do usual "Este filme não teve piada nenhuma. É uma boa bosta!" - muito mais bonito.

1.3- Finalmente, os de promoção, são aqueles eufemismos em que se promove uma pessoa, um emprego, ou outra coisa qualquer. Por exemplo, um "trolha" eufemisticamente pode ser chamado de "mestre-de-obras", um "taxista" transforma-se num "condutor de praça", um "polícia" é agora um "agente da segurança e da autoridade"... Qualquer dia os "repatriados" passarão a chamar-se "técnicos de esfaqueamento e deglutição de álcool e tabaco cravados". Pior, pior, só mesmo se um dia destes começarem a chamar aos Tunalhos actores ou cronistas.

2- Depois desta lição, os leitores facilmente aplicarão os eufemismos a quase tudo nas suas vidas, incluindo mesmo nos ditados populares. Por exemplo, em vez de “Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, poder-se-ia dizer “Expõe-me com quem deambulas e a tua idiossincrasia augurarei”.
Conhecem o “Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar”. Não ficaria melhor se fosse “Espécime avícola na cavidade metacárpica supera os congéneres revolteando em duplicado”. Pois, também achamos que sim.
E que tal “Descendente de espécime piscícola sabe locomover-se em líquido inorgânico”, que é como quem diz “Filho de peixe sabe nadar”? Ficava giro, não ficava? Ou até, para concluir, “Quem movimenta os músculos supra faciais mais longe do primeiro, movimenta-os substancialmente em condições excepcionais”, que é o mesmo que dizer “Quem ri por último ri melhor”…
E é assim a vida!
In Azórica nº 43, Jornal dos Açores, Edição de 11 de Março, 2006

segunda-feira, 6 de março de 2006

Tunalhos renascem em Março de cada ano

Os Tunalhos estiveram mais uma vez na Terceira na apresentação do IV Olé Tunas, Festival organizado pela Tuna Académica da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo (TAESEAH) que decorreu no Teatro Angrense neste último fim-de-semana (3 e 4 Mar).
UÉ pá!Será que a "Foto Gabriel" cobriu, salvo seja, a nossa actuação? Assim como faz para os casamentos e toiradas?
Durante esta semana os Tunalhos vão a banhos e massagens para as furnas, a fim de se recomporem, já que no próximo fim-de-semana vão estar no Coliseu Micaelense para apresentar o VII El Açor!
Fartamo-nos de ganhar dinheiro!

Estudos, projectos e esquecimentos

Muitos estudos se fazem por esse mundo fora. Sabiam que um estudo revelou que sexo a dois é 400% melhor do que masturbação. Agora, a nossa pergunta é: foi mesmo preciso fazer-se um estudo internacional de milhões de euros para se chegar a esta conclusão? Se nos tivessem perguntado de vez, tínhamos explicado os “pássaros e as abelhas” aos senhores cientistas e ainda poupavam uns trocos…

1- É verdade, isto hoje em dia fazem-se estudos para tudo e para nada. Num estudo publicado na "New Scientist", foi revelado que sexo a dois é 400% melhor do que masturbação, pelo menos em termos de prolactina. Cientistas da Universidade de Paisley, na Grã-Bretanha, e do Instituto Federal de Tecnologia em Zurique, Suíça, pesquisaram os níveis de prolactina, uma hormona libertada na corrente sanguínea de homens e mulheres depois do orgasmo.
Agora, a nossa pergunta é: foi mesmo preciso fazer-se um estudo internacional de milhões de euros para se chegar a esta conclusão? Se nos tivessem perguntado de vez, tínhamos explicado os “pássaros e as abelhas” aos senhores cientistas e ainda poupavam uns trocos…
Mas o mais interessante não é o resultado, são as experiências. É que o orgasmo de voluntários foi testado a partir de exibição de filmes eróticos, seguindo-se a masturbação ou o sexo no laboratório. Entre os voluntários que tiveram sexo, o nível de prolactina foi 400 vezes maior em ambos os sexos do que naqueles voluntários que se masturbaram.
Para os cientistas, isto explica porque é que o sexo é mais satisfatório que a masturbação. Para nós, explica porque é que os cientistas não têm muita sorte com as senhoras. Se precisam de fazer um estudo para saber se sexo a dois é melhor do que sexo a um, é porque qualquer coisa está mal…

2- Outro estudo publicado na revista especializada de urologia BJU International refere ainda que, aos 50, os homens parecem ter vidas sexuais mais felizes do que aos 30. Pudera, um homem com 50 que consegue ter sexo é natural que fique feliz, não é?
E mais, de acordo com a pesquisadora Sophie Fossa, do Rikshospitalet-Radiumhospitalet Trust em Oslo, "os resultados mostram uma grande correlação entre o envelhecimento dos homens e a função sexual reduzida, mas não entre idade e satisfação sexual". Maravilha. Chateiam-se menos as mulheres e tem-se a mesma satisfação, uma espécie de dois em um.
3- E por falar em estudos, parece que a Câmara de Ponta Delgada se “esqueceu” de apresentar ao Executivo o projecto das obras que está a executar em frente ao Teatro Micaelense para a construção de um parque de estacionamento subterrâneo.
Parece que a lei assim o exigia, já que o Teatro Micaelense, sendo imóvel de interesse público, goza de uma área de protecção de 50 metros. Parece que a realização das obras obrigava a um despacho favorável da entidade competente na matéria, a Direcção Regional da Cultura.
Parece que o governo não tinha conhecimento das intenções da Câmara em executar aquela obra ou que a mesma já tinha iniciado e, como tal, não podia, nem tinha que se antecipar a lembrar a Câmara para o eventual “esquecimento”.
Parece que isto não tem nada a ver com guerras partidárias ou de poder, porque quem nos governa é sempre para o nosso bem, havendo sempre boa comunicação e comunhão solidária e institucional entre os poderes (regional e municipal). Parece que no meio disto tudo quem se lixa é o mexilhão… O que “parece” não tem obviamente de o ser… mas que “parece” que “é”… parece mesmo! E a vocês… o que vos parece?
In Azórica Nº 42, Jornal dos Açores, Edição de 04 de Março de 2006

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