quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Crónica semana passada

São três os pontos de destaque que nos merecem a atenção esta semana: primeiro, as doze badaladas; segundo, as mesas com quatro pernas e uma toalha branca; e terceiro, os dias de tolerância. Mas vamos por partes.


Antes de mais, um bom ano de 2006 para todos os nossos leitores (Zé, Narciso e Paulinho) - os Tunalhos desejam a todos que este novo ano tenha... tenha o quê?... Ah, os Tunalhos desejam a todos que este novo ano tenha p'raí uns 365 dias!
Assim encetamos esta semana porque, está claro, nenhum artigo escrito nesta época ficaria completo sem começar por votos de bom ano novo.
Avançando para a frente, são três os pontos de destaque que nos merecem atenção esta semana: primeiro, as doze badaladas; segundo, as mesas com quatro pernas e uma toalha branca; e terceiro, os dias de tolerância. Mas vamos por partes:

1 - Não nos cabe na cabeça! Já repararam que passamos 12 meses do ano (desde o dia 1 de Janeiro, até 31 de Dezembro) à espera que o ano acabe? E para quê? Para ir para o Réveillon, ou, como se diz em português, para o Rebelião. Ou seja, são 365 dias, 8.760 horas, 525.600 minutos, 31.536.000 segundos que passamos à espera das doze badaladas e depois - pimba! Já está. Comem-se umas passas (ou dá-se umas passas, consoante as preferências) e pronto, já acabou. Venham mais 12 meses à espera...
Já agora, é impressão nossa ou o fogo de artifício começou uns 10 minutos antes da meia-noite? E já agora também, é impressão nossa ou o fogo de artifício este ano foi mais “fraquinho”? Aliás, haviam mais explosivos nas mãos das crianças na Marginal do que na doca.

2 - Quando nos pediram 50 euros por pessoa para comprar uma mesa na passagem de ano no Coliseu, achámos que as mesas deviam ter qualquer coisa de especial para justificar aquele preço. Mas não! Quando chegámos à dita mesa... nada! Absolutamente nada. E foi então que pensámos: "Andam os alunos da Universidade dos Açores com problemas de emprego, quando a solução era simples: acabar com os cursos que há agora (Biologia, História, Línguas, Serviço Social, etc.) e abrir o curso de Carpintaria, Especialidade em Mesas de Coliseu!". Isso é que era fazer dinheiro.

3 - Por falar em fazer dinheiro, falta referir que achamos bem os dias de "tolerância" que foram dados à Função Pública e outros sectores privilegiados. Achamos bem, porque o país está bem, sem desemprego, e os índices de produtividade estão tão elevados que, se não fossem os dois meses de férias, os 22 feriados, as "pontes" e as "tolerâncias", ainda morríamos afogados em dinheiro...
Crise? Quem falou em crise?
In Azórica nº 34, Jornal dos Açores, Edição de 07 Janeiro , 2006

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