Esquecidos por tudo e todos
É impossível negar que aqui, nos Açores, somos muitas vezes esquecidos. Até a Mãe Natureza se esquece de nós. Porquê? Porque já todos andam há anos a falar do aquecimento global e cá não chega nada! A estação da Primavera, que supostamente traria sol e calor a estas paragens, trouxe mais foi frio e chuva... Ai! Ai! Até tu, Natureza... até tu.
1- É impossível negar que aqui, nos Açores, somos muitas vezes esquecidos, postos de parte ou relegados para segundo ou terceiro plano. Como se já não bastasse sermos uma região ultra-periférica e termos de gramar com os americanos na Terceira, há ainda uma interminável lista de factos (p'raí uns dois ou três) que comprovam esta nossa opinião.
A) Primeiro ponto inegável: os baixos subsídios que são dados à nossa região. Como pode um lavrador, por exemplo, sustentar a monocultura das vacas com tão poucos milhões atribuídos anualmente? É um ultraje! Deveria haver muito mais apoio, pois só assim se poderia encher os campos de vacas, inundar a brisa com o seu perfume e as estradas com a sua... coiso e tal.
Isto para já não falar nos casos dos pescadores ou das famílias com 15 filhos, que mal têm dinheiro para comprar vinho e cigarros.
B) Outra prova de que as coisas aqui ou não chegam, ou então chegam tarde, são os turistas. Ah, pois é! Reparem bem na idade destes escandinavos e vejam se eles não encaixam na parte do "vêm tarde". Se a coisa fosse como devia, mandavam para cá os gajos enquanto eram novos. Isso sim, era turismo de qualidade, com suecas novas para alegrar a rapaziada e fazer subir algo mais para além das taxas de ocupação nos hotéis.
C) Este é, para nós, o ponto mais óbvio de que estamos isolados de tudo e todos. É que até a Mãe Natureza se esquece de nós. Porquê? Porque já todos andam há anos a falar do aquecimento global e aqui aos Açores não chega nada! A estação da Primavera, que supostamente traria sol e calor a estas paragens, trouxe mais foi frio e chuva...
Ai! Ai! Até tu, Natureza... até tu.
2- E por falar em maravilhas da Natureza, os Tunalhos, como amigos chegados que são, decidiram deixar as namoradas e esposas em casa e foram os quatro fazer algo que é d’homem: fomos ver o Instinto Fatal, Parte 2.
A Sharon Stone (ai, a Sharon Stone) pôs-nos todos a pensar. Ela sempre fez filmes, porque é actriz e até lhe convém fazer filmes, mas nunca foi muito conhecida. Finalmente, em 1992, protagonizou o famoso Instinto Fatal. Quem não se lembra da tão famosa cena em que metade dos homens na sala, boquiabertos, inclinaram levemente a cabeça para a esquerda numa tentativa de ver mais além (a outra metade ainda hoje se culpa por ter esquecido os óculos em casa naquele dia)?
A partir do momento em que abriu as pernas (literalmente), Sharon Stone ficou famosa. Muito tempo se passou desde então e a sua carreira foi sempre a descer. Entrou em filmes e filmezecos, mas nenhum tão pragmático como o Instinto Fatal.
E eis que, 14 anos passados, sentindo-se ameaçada, Sharon Stone decide dar um cariz muito mais romântico à sua performance com um novo (ou antigo) passo na sua carreira. Faz o Instinto Fatal 2, abre as pernas de novo (literalmente), e cá estamos a dedicar-lhe um destaque especial desta crónica erudita…
Moral da história? Esperamos ansiosamente o Instinto Fatal 3, o 4, o 5, o 6, pelo menos até chegar ao 69 (piada fácil)…
1- É impossível negar que aqui, nos Açores, somos muitas vezes esquecidos, postos de parte ou relegados para segundo ou terceiro plano. Como se já não bastasse sermos uma região ultra-periférica e termos de gramar com os americanos na Terceira, há ainda uma interminável lista de factos (p'raí uns dois ou três) que comprovam esta nossa opinião.
A) Primeiro ponto inegável: os baixos subsídios que são dados à nossa região. Como pode um lavrador, por exemplo, sustentar a monocultura das vacas com tão poucos milhões atribuídos anualmente? É um ultraje! Deveria haver muito mais apoio, pois só assim se poderia encher os campos de vacas, inundar a brisa com o seu perfume e as estradas com a sua... coiso e tal.
Isto para já não falar nos casos dos pescadores ou das famílias com 15 filhos, que mal têm dinheiro para comprar vinho e cigarros.
B) Outra prova de que as coisas aqui ou não chegam, ou então chegam tarde, são os turistas. Ah, pois é! Reparem bem na idade destes escandinavos e vejam se eles não encaixam na parte do "vêm tarde". Se a coisa fosse como devia, mandavam para cá os gajos enquanto eram novos. Isso sim, era turismo de qualidade, com suecas novas para alegrar a rapaziada e fazer subir algo mais para além das taxas de ocupação nos hotéis.
C) Este é, para nós, o ponto mais óbvio de que estamos isolados de tudo e todos. É que até a Mãe Natureza se esquece de nós. Porquê? Porque já todos andam há anos a falar do aquecimento global e aqui aos Açores não chega nada! A estação da Primavera, que supostamente traria sol e calor a estas paragens, trouxe mais foi frio e chuva...
Ai! Ai! Até tu, Natureza... até tu.
2- E por falar em maravilhas da Natureza, os Tunalhos, como amigos chegados que são, decidiram deixar as namoradas e esposas em casa e foram os quatro fazer algo que é d’homem: fomos ver o Instinto Fatal, Parte 2.
A Sharon Stone (ai, a Sharon Stone) pôs-nos todos a pensar. Ela sempre fez filmes, porque é actriz e até lhe convém fazer filmes, mas nunca foi muito conhecida. Finalmente, em 1992, protagonizou o famoso Instinto Fatal. Quem não se lembra da tão famosa cena em que metade dos homens na sala, boquiabertos, inclinaram levemente a cabeça para a esquerda numa tentativa de ver mais além (a outra metade ainda hoje se culpa por ter esquecido os óculos em casa naquele dia)?
A partir do momento em que abriu as pernas (literalmente), Sharon Stone ficou famosa. Muito tempo se passou desde então e a sua carreira foi sempre a descer. Entrou em filmes e filmezecos, mas nenhum tão pragmático como o Instinto Fatal.
E eis que, 14 anos passados, sentindo-se ameaçada, Sharon Stone decide dar um cariz muito mais romântico à sua performance com um novo (ou antigo) passo na sua carreira. Faz o Instinto Fatal 2, abre as pernas de novo (literalmente), e cá estamos a dedicar-lhe um destaque especial desta crónica erudita…
Moral da história? Esperamos ansiosamente o Instinto Fatal 3, o 4, o 5, o 6, pelo menos até chegar ao 69 (piada fácil)…
In Azórica Nº 48, Jornal dos Açores, Edição de 15 de Abril de 2006
1 comentários:
Continuo a achar que o 96 seria muito mais original.
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