domingo, 14 de maio de 2006

A luta dos estudantes em Maio

Depois de uma semana muita atarefada ... deixa cá actualizar isto com as crónicas atrasadas...


Há um contra-senso óbvio na comemoração do Dia do Trabalhador: porque se é dia do trabalhador, as pessoas deviam estar a trabalhar, né? Isso é que faz sentido. Pronto, trabalhavam só nesse dia. Isto é a mesma coisa que as pessoas passarem o Dia da Liberdade na cadeia.

1 - Comemorou-se recentemente o 1º de Maio, o Dia Internacional do Trabalhador, o dia em que se comem febras com o pessoal da CGTP. É impressionante como é que se comemora o Dia do Trabalhador num país onde quase não se trabalha. Alias, há logo um contra-senso óbvio na comemoração deste dia: porque se é Dia do Trabalhador, as pessoas deviam estar a trabalhar, né? Isso é que faz sentido. Pronto, trabalhavam só nesse dia. Isto é a mesma coisa que as pessoas passarem o Dia da Liberdade na cadeia.
E porque é que se comemoram só os dias? E as noites não se comemoram? Um guarda-nocturno não tem direito a uma comemoração? E uma striper? Um padeiro? E…um gajo com uma profissão à noite?! Não há a noite do trabalhador, meus amigos!
Há também, o Dia das Mentiras, mas não há a Noite das Mentiras! Bem, neste caso, não é bem assim! Um indivíduo que chega a casa às cinco da manhã, depois de ter estado na curte, não vai dizer a verdade à mulher. Afinal, noite das mentiras é sempre que um homem quiser...
E depois há comemorações que são esquecidas ou que não existem! Há o Dia Internacional da Mulher, o que está muito bem! Mas não há o Dia Internacional da Prostituta - estamos a falar da mais velha profissão que há no mundo. Não! Há o Dia da Árvore! Fiquem a saber que já havia galdérias antes de haver árvores. A 1ª coisa com “galhos” que apareceu no mundo não foi uma árvore, foi o Adão!

2 - Este ano a Semana Académica escolheu um recinto para os seus festejos que em si é uma novidade: o magnífico Complexo Desportivo do Santa Clara. Por sua vez, o Santa Clara patrocinador também é original, já que normalmente os clubes de futebol é que costumam ser patrocinados.
A organização desta Semana Académica inicialmente tinha pensado num recinto com erva, mas já se sabe, meter erva e estudantes no mesmo sítio… já estão a ver, né? Se bem que, por outro lado, se escolhessem um recinto com erva, não precisavam de ter gasto dinheiro com as máquinas de fumo do palco…
Mas o grande evento, claro, além da presença do Tino de Rans, foi, pela primeira vez, a apanha do leitão a par da XIX apanha da cadela! Ao leitão foi só um gajo, mas à apanha da cadela foram todos!

3 – A propósito de vida académica, recordamos aquele momento em que, no início da nossa vida de estudante, somos acometidos de saudade - e necessidade – e surge a altura do primeiro contacto telefónico com os pais: “Tou? Filho? Então estás bom? P. Delgada é uma ilha bonita? Já foste às outras ilhas? (Diz que não... a maré está cheia!...) O quê?! Precisas de mais 500 € para fotocópias? (Muito estuda aquele nosso filho!) São resmas grossas? Ah...são volumes fininhos e especiais! Ouve lá, e tu já bebeste o chá da borreana?! Ah, não?! É outro chá? O mon! Chá mon! Isso faz bem aos “rinzes”não é?!... (Ele diz que faz bem a tudo) Olha, estuda muito, faz-te um homem já que a tua mãe não é! Beijinhos e abraços...”

4 - Uma palavra para os finalistas: o tempo passou e sem darem por isso foram dez anos à vida. Sim, porque não adianta vir para aqui fazer um curso em quatro ou cinco anos, porque senão arranjavam logo emprego e era uma chatice!
Ficam as recordações das viagens de fim de curso. Ainda nos lembramos de uma viagem que fizemos ao Egipto: fomos às esfinges... autênticos monumentos! Mas no Egipto é tudo muito “Cairo” e ultimamente as viagens lá têm sido muito explosivas.
Mas os finalistas podem sempre ter a esperança de chegar longe. Podem vir a ser humoristas como nós e terem uma vida de sucesso… Nós que até acendemos cigarros…com notas?! Não...com o isqueiro! Às vezes até chegamos a andar com a carteira cheia… de notas? Não, de moedas de 1 cêntimo!

P.S. – A não perder o espectáculo dos Tunalhos no Coliseu no dia 13 de Maio. A peregrinação a Fátima pode ficar sempre para outra altura!

In Azórica nº 51, Jornal dos Açores, Edição de 06 de Maio, 2006

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