domingo, 14 de maio de 2006

Um espectáculo

É já mais logo, no grande palco do Coliseu Micaelense, que vai ter lugar a actuação artística e cultural mais esperada nos últimos tempos. Referimo-nos ao espectáculo dos Tunalhos que irá revolucionar, certamente, as artes de palco no arquipélago. Depois disto, os outros artistas não saberão o que fazer mais, porque, na verdade, os Tunalhos concentram em si uma panóplia de saberes e uma originalidade na forma de os apresentar que são dificilmente ultrapassáveis. Além do mais… são “artistas”extremamente modestos.

1 - Vai ser um espectáculo de humor, feito com amor, para todas as pessoas que sofrem de mau-humor e também para aquelas que, não tendo mais nada para fazer num sábado à noite, resolvem sair de casa. Para os mais novos (não tem bolinha no canto superior), assistir ao nosso espectáculo é a única forma de saírem da alienação provocada pelos “Morangos com Açúcar”. Para os mais velhos é a oportunidade de se sentirem revigorados – rir faz bem à saúde – e prontos para enfrentarem os maiores desafios que são colocados pelo desenfreado mundo da globalização liberal capitalista causadora dos maiores problemas psico-sociais. Para os Estudantes da U.A, com um bilhete do espectáculo poderão ganhar um fino no Bar Académico, que nesse mesmo dia reabre à comunidade. (Que tal? Isto é marketing do outro mundo!)
O próprio dia (13 de Maio) remete-nos para o simbolismo da “aparição” e do “milagre”, revelando-se, este espectáculo, como o 4º Segredo da Fátima (uma amiga nossa… que há muito esperava que isto acontecesse)

2 – Festeja-se, também, neste dia, o primeiro aniversário da revista “Azórica”, caracterizada por uma grande qualidade e actualidade das suas temáticas, comentários e artigos de opinião e cujo crescimento, em termos jornalísticos, se pode situar, sobretudo, após o inicio da colaboração desses grandes – e mais uma vez modestos – pensadores e intelectuais que assinam a rubrica “palavras Ocas”. Os nossos parabéns e não esquecer que o nosso espectáculo logo, também é dedicado a todos os colaboradores desta excelente revista e do Jornal que a acompanha, pelo que esperamos que estejam presentes sob pena de não escrevermos mais (esta ameaça já deve dar para encher a 2ª fila, depois da primeira ser ocupada pelas nossas mães, mulheres, cunhados, filhos e sobrinhos).

3 – Finalmente, queríamos dar-vos a conhecer – porque não temos, obviamente e no presente momento, outro assunto de interesse – algo que muito nos preocupa: ainda há bilhetes, por isso tememos uma grande concentração de pessoas, próxima da hora do espectáculo, e não gostaríamos de assistir a atropelos. Por outro lado, já informámos o comando da PSP para reforçar a segurança da área envolvente ao Coliseu, face à possibilidade de venda de bilhetes na “candonga” e para evitar os habituais e exigentes fãs que vão querer sempre um autógrafo dos artistas.

P.S. - Então até logo! Pronto, está bem, se preferirem podem ficar em casa a ver a Procissão das Velas!

In Azórica nº 52, Jornal dos Açores, Edição de 13 de Maio de 2006

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