segunda-feira, 24 de março de 2008

Fisco pressiona noivos II

No seguimento do post anterior, o pedido de informações questiona, também, sobre o número de convidados adultos e crianças e quanto foi o valor cobrado por cada um deles (já agora, as tias gordas valerão por dois adultos?); se o vestido de noiva foi oferecido, por quem e quanto pagou o oferente. Como foram pagos os diversos serviços prestados, como o copo de água? (de certeza que foi com dinheiro, cartão ou cheque).

Inclusive são obrigados a prestar a informação sobre se existiu outro casamento ou outro evento no mesmo dia e lugar que o seu. (Ora aí está um bom negócio para as coscuvilheiras)

Já estou a ver os noivos:

"Sr padre, antes de iniciar a cerimónia diga-nos: Quem é que já casou hoje? Só queriamos os nomes, BI e nºs de contribuinte e onde foi a boda". Ou na semana seguinte é ver os noivos a consultar a agenda social das suas localidades nas revistas, nos jornais, nas paróquias ou a irem porta a porta: "Desculpe, mas ontem, que foi dia do nosso casamento, ouvi uns festejos na sua casa... foi aniversário de quem? Ah, não eram festejos... eram gritos de dor por causa da morte do seu pai!... E quem é que lhe ofereceu flores, de que qualidade eram, qual o preço médio dos arranjos e em que lojas foram compradas?!"

Mas isto já não está a ir um bocadinho longe de mais, começando a devassar de forma repugnante a nossa privacidade? Este totalitarismo já não está a roçar as raias do absurdo? Por outro lado, o Estado está a pedir ao contribuinte não só que pague impostos, mas também que trabalhe como seu fiscal de Finanças! Fosga-se ... aumentem os impostos mas não me dêem mais trabalho!

É por isso que sempre fui apologista das uniões... de facto
... isto vai de mal a pior!

P.S. Oxalá não se lembrem de vir questionar os contribuintes açorianos sobre as despesas em torno das festas do Espírito Santo!

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