segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Luta contra o terrorismo



No âmbito da nossa candidatura à Câmara de Ponta Delgada, outra questão que nos têm colocado é sobre a nossa política de protecção contra o terrorismo. Bem, terrorismo nos Açores não nos parece ser possível. Muitos dos membros do Governo da República nem sabem onde fica o Arquipélago, muito menos os terroristas.


1- São já muitos os apoios e incentivos que temos recebido para a nossa candidatura “dependente” à Câmara Municipal de Ponta Delgada. “Dependente” porque nós sabemos que dependemos da vontade dos munícipes que querem ver novos rostos a comandar os seus destinos. Relacionado com este assunto, têm-nos questionado sobre qual de nós vai ser o presidente. Na verdade, os Tunalhos são uma equipa, com o lema “Um por todos e todos por um” e qualquer um de nós tem o perfil para ser presidente. Vamo-nos bater por alterar o sistema legal, de modo a podermos rodar na presidência, acompanhando o ciclo das 4 estações do ano.
A propósito, já fizemos o nosso contrato de propaganda com o Bruce Lee, grande figura da terra conhecido por todos, que gentilmente vai transportar na sua bicicleta os nossos outodoors a troco de umas sandes dentro de uns sacos de plástico.

2- Outra questão que nos têm colocado é sobre a nossa política de protecção contra o terrorismo. Bem, terrorismo nos Açores não nos parece ser possível. Muitos dos membros do Governo da República nem sabem onde fica o Arquipélago, muito menos os terroristas. Além disso, é preciso que os malfeitores nos consigam localizar. Se as células terroristas fossem ao Google Earth iriam reparar numas ilhotas que se desvanecem com o zoom. Ora, se não são relevantes para constarem no “mapeamento” detalhado, é como se não existissem.
Mas suponhamos que algum terrorista até sabia onde ficava os Açores. Pensaria logo: “Para quê ir até lá? Sai-me mais barato fabricar uma arma química do que comprar um bilhete na SATA ou na TAP!” Mas suponhamos que tivesse dinheiro para o bilhete… os seus planos de ataque bombista iam por água abaixo quando deparasse com os atrasos constantes dos voos. Quando chegasse cá, já a bomba tinha passado o prazo de validade.
E se conseguisse chegar cá, arranjava um carro no qual colocaria a bomba para depois o ir estacionar à frente de um edifício importante. Será que ia conseguir estacionamento? Duvidamos! E era preciso que tivesse sorte e não fosse surpreendido pela Polícia de Trânsito por não trazer o colete fluorescente (os terroristas usam outro tipo de coletes). Por sua vez, se optasse por rebentar os autocarros, ficaria desiludido por ver que eles já estão todos rebentados…
Pela via marítima também não teria mais sorte. Iria reparar que a Açorline não daria “condições de segurança” para ele montar a bomba e era preciso que os barcos também zarpassem a horas. Aliás, o mais provável era que depois se usassem peças da bomba para reparar o navio que entretanto avariaria no meio do oceano.

3- Acresce, a tudo isto, o problema do clima. Com tanta humidade, os circuitos, os fios, as ligações do “dispositivo bombástico” certamente entravam em curto-circuito e não detonavam.
Agora imaginem que o terrorista optava por ir para as Furnas, enfim, para poder dissimular-se nas fumarolas e para com mais calma poder engendrar o plano. Bastava distrair-se um pouco para ver o seu saco metido num buraco, confundido com algum cozido. Se aquilo rebentasse, pensariam que era vulcão e não um atentado! Era a derrota, a desonra total! Quem acreditaria na célula terrorista que reivindicasse o crime, se aquilo que íamos ver era um vulcão em actividade?
Depois de todas as tentativas só lhe restava uma esperança: meter-se num barco de boca aberta e ir suicidar-se no alto mar… Bem, ainda se sujeitava a levar um carreto de porrada por parte dos pescadores, pensando que era um espanhol a rebentar os peixes com dinamite.
In Azórica nº 13, Jornal dos Açores, Edição de 13 de agosto de 2005

1 comentários:

mfc 19/08/2005, 12:29:00  

Também se faz política a brincar.
Gostei.

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