Feliz "occipital"
Primeiro, não há canal que se preze que não tenha um Natal dos Hospitais. Vimos ainda ontem no site da NBC que o Conan O’Brien ia apresentar um programa chamado The Hospital´s Christmas. Segundo, é nossa forte convicção que se devia passar a celebrar o Natal em Agosto, e já explicamos porquê.
1 - O Natal é um tema que já nos vem acompanhando, pelo menos há meia dúzia de crónicas atrás, mas na verdade esta coisa impregna-se de uma tal maneira nas nossas vidas, logo a partir de Outubro de cada ano, que não há maneira de lhe fugir. No dia de hoje, véspera do dito cujo, era mais uma vez inevitável.
Todos os anos é a mesma coisa! Começou há muito tempo atrás. Os enfermos estavam nas suas caminhas, a descansar e a recuperar do malefício que os levou a adoecer, quando de repente, algures numa reunião de executivos num escritório no último andar de um qualquer edifício, alguém levantou-se da cadeira com os olhos a brilhar e gritou para os seus demais colegas: “Já sei, tive uma ideia! Vamos fazer um Natal dos Hospitais!” E catrapimba!! Nunca mais parou! São seguidos! Aliás, não há canal que se preze que não tenha um Natal dos Hospitais. Vimos ainda ontem no site da NBC que o Conan O’Brien ia apresentar um programa chamado The Hospital´s Christmas.
Quer dizer, meus amigos! Coitados dos doentinhos, já não lhes basta as intravenosas e os gessos e os soros e os pontos e os pensos e as algálias, essas coisas todas? Ainda têm de ser arrastados dos seus quartos para ver o Manuel Luís Goucha a apresentar o Toy? “Oh sim, eu estava triste por ter o occipital fracturado, ter caído num barril de ácido e ter perdido um rim e um olho, mas agora que o Toy veio aqui cantar, sinto-me bastante melhor.”
1 - O Natal é um tema que já nos vem acompanhando, pelo menos há meia dúzia de crónicas atrás, mas na verdade esta coisa impregna-se de uma tal maneira nas nossas vidas, logo a partir de Outubro de cada ano, que não há maneira de lhe fugir. No dia de hoje, véspera do dito cujo, era mais uma vez inevitável.
Todos os anos é a mesma coisa! Começou há muito tempo atrás. Os enfermos estavam nas suas caminhas, a descansar e a recuperar do malefício que os levou a adoecer, quando de repente, algures numa reunião de executivos num escritório no último andar de um qualquer edifício, alguém levantou-se da cadeira com os olhos a brilhar e gritou para os seus demais colegas: “Já sei, tive uma ideia! Vamos fazer um Natal dos Hospitais!” E catrapimba!! Nunca mais parou! São seguidos! Aliás, não há canal que se preze que não tenha um Natal dos Hospitais. Vimos ainda ontem no site da NBC que o Conan O’Brien ia apresentar um programa chamado The Hospital´s Christmas.
Quer dizer, meus amigos! Coitados dos doentinhos, já não lhes basta as intravenosas e os gessos e os soros e os pontos e os pensos e as algálias, essas coisas todas? Ainda têm de ser arrastados dos seus quartos para ver o Manuel Luís Goucha a apresentar o Toy? “Oh sim, eu estava triste por ter o occipital fracturado, ter caído num barril de ácido e ter perdido um rim e um olho, mas agora que o Toy veio aqui cantar, sinto-me bastante melhor.”
2 – Faz hoje oito dias que se assistiu ao "Quebra-Nozes" no Teatro Micaelense, espectáculo que esgotou rapidamente. A maior parte de “nós” só come “noz” já partida ou usa os dentes para parti-la. Além disso, só conseguimos ouvir Tchaikovsky pela banda filarmónica da terra. Daí que a chegada do evento tenha sido bem recebida, embora apenas para o bolso de alguns, claro!
Isto só foi possível graças ao patrocínio de uma empresa privada… parece que a “cultura do mecenato” está a crescer no arquipélago. Mas isso é fruto, tubérculo ou o que é? Quantos kg de semente dessa cultura “mecenato” chegam para um alqueire de terra? Mas não falemos agora em “cultura regional” que ainda aparece por aí o tribunal de contas!
3- É verdade, faz amanhã 2005 anos que nasceu o Homem. Sabe-se que – nós também não desdenhamos a cultura - Jesus, supostamente, nasceu durante a vida deHerodes, o Grande. Os calendários são contados a partir do ano em que se supõe ter nascido Jesus, mas as pessoas que fizeram essa contagem equivocaram-se com as datas, já que Herodes morreu no ano 4 a.C., de modo que Jesus nasceu no mínimo três anos antes.
Todavia, existem indícios que José recenseou "Joshua ben Jose" (Jesus) como nascido ao dia 21 do oitavo mês, isto no ano 7 a.C. de acordo com os registos Judaicos. (Esperem lá! Portanto, Jesus nasceu 7 anos antes do que é suposto… certo?!) Mas continuando, como se sabe, o oitavo mês é Agosto. É nossa forte convicção que, sendo assim, dever-se-ia passar a celebrar o Natal em Agosto. Seria muito mais interessante. As pessoas estão mais bem dispostas porque é Verão, o tempo está agradável, os dias são maiores, recebemos o subsídio de férias, não temos (tantas) prendas para comprar, o sol brilha, a vida é linda… ah, e há muitas miúdas giras de biquini.
4- De resto, vamos aproveitar o pouco espaço que nos resta para desejar a todos os nossos (três) leitores um Natal muito feliz, com muito amor, muitas prendas – estas sem o nosso contributo - e que esta data se repita por muitos anos…
Para todos, FELIZ NATAL!
PS- não digam que foram ao site da NBC ver se o Conan O’Brien ia mesmo apresentar um programa chamado The Hospital´s Christmas?
In Azórica, Nº 32, Jornal dos Açores, Edição de 24 Dezembro, 2005
P.S (2) O título desta crónica é deveras surpreendente! Uma alusão semântica na forma e no conteúdo da palavra "occipital" ao Natal e ao hospital. Essa importante região do crâneo deve, pois, nesta época, estar bem... é o mesmo que dizer , "neste Natal tenham juizo na cabeça ... não fracturem o crâneo, não se estampem, não vão parar ao hospital" ... qualquer coisa assim! Digam lá se isto não é profundo? Exigimos já o Nobel ... além de que não há melhor campanha para a Prevenção Rodoviária!
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