domingo, 30 de setembro de 2007

Elixir

Voltei renovado. Já há algum tempo que não vinha aqui ao blog. Depois das férias e do mês inicial de arranque "arrastado" no trabalho não tive muito tempo para me cultivar ao ponto de vir cá dizer coisas bonitas sobre temas intelectual e culturalmente interessantes, como por exemplo o futebol ou mesmo a política. Agora já me sinto preparado. Fui ontem à Ópera no Teatro Micaelense ver o "Elixir de Amor" de Donizetti levado à cena pelo Teatro Nacional de S. Carlos. Já há muito tempo que não ia à ópera. A última vez foi quando tinha 39 anos.... foi há ... um dia atrás... ontem, precisamente!
Para quem não percebe nada do assunto gostei de tudo: do dinamismo do espectáculo, das alterações do cenário, do ambiente bucólico, das emoções que nos proporciona o jogo entre as interpretações vocais, a situação dramática e a orquestração musical. Tudo num ritmo muito vivo e apaixonado e num crescente melodioso capaz de proporcionar muita "lágrima furtiva". (Que tal? Hã? Saiu-me cá de dentro!)
A próxima produção dos Tunalhos será uma ópera!

El Greco

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A luta...

Vivi hoje de manhã um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Todavia, foi um dos mais tristes também.

Estava eu a lavar os dentes (27 é o dia de cada mês em que lavo os dentes), quando comecei a sentir uma pequena comichão no nariz. Pensei logo cá para mim: “Hum, vem aí espirro”. Com a força de vontade de um guerreiro neozelandês, apertei o músculo da narina esquerda e lá afastei o perigo.

Mas ele continuava lá, o espirro, à espreita, à espera do momento certo para atacar. Eu, ingénuo e inocente, continuava com a minha labuta dentária, ora para cima, ora para baixo, mais para a frente, mais para trás.

Quando de repente, sem aviso, o espirro atacou. Numa questão de segundos, a comichão na parede interna do nariz explodiu, abri a boca, inspirei fundo, coloquei a língua no céu-da-boca, e lá vinha ele.

Tal qual um samurai, vi logo o que ia acontecer. Ia espirrar, mas com a boca cheia de espuma da pasta de dentes, ia borrar a casa de banho toda, especialmente o espelho à minha frente. A consequência? Minha mãe matava-me!

Então, num momento à MacGyver, num micro-segundo, tirei a escova da boca, virei a cabeça para baixo e espirrei a toda a força para a bacia. Depois de ver o que tinha acontecido à pobre bacia, percebi a tragédia que tinha acabado de evitar no espelho da casa de banho. Era um herói!

Agora perguntam. Porque é que eu digo no início do texto que esse foi um dos momentos mais tristes da minha vida? Porque percebi que tinha sido um dos mais emocionantes…

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Voltei...

Olá minha gente!

Após afazeres matrimoniais, ocupacionais etc, etc, cá estou eu de volta.


Estou a escrever isto e a ver o programa do Fernando Rocha, por isso perdi qualquer resquício de eventual humor que tinha... Como tal, nada a dizer, excepto até breve!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Espírito empreendedor…

A nossa veia empresarial finalmente veio ao de cima e vamos abrir, este sim, o restaurante mais açoriano de sempre.
Espero que sejam nossos clientes regulares…

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Os posts e o tempo...

O trabalho por aqui tem sido mais do que muito, tipo daqueles em que a gente trabalha até à uma da manhã e anda agoniados e tudo e tudo. Logo, quando chego a casa, a última coisa que quero ver à minha frente é um computador, daí que não tenham havido posts por estes lados. Por esta mesma razão, hoje não vou poder fazer um post. É que não tenho mesmo tempo para fazer posts, nenhum, por isso não os faço. Tirando este post agora, mas pronto, é sempre importante perder tempo para fazer um post a dizer que não se tem tempo para fazer posts… claro, né?!

domingo, 16 de setembro de 2007

Cá está a prova...

Espero que gostem deste pequeno vídeo que preparei para vocês. Pretendo provar duas coisas aqui: 1) que a pronúncia micaelense é universal e 2) que o Kurt Cobain até gostava do seu papo-seco quentinho pela manhã e ficava chateado com o padeiro quando este falhava...

(com som)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O atalho... e o sinal

Lembram-se deste post que fiz aí há uns tempos atrás? Ah, pois é, parece que afinal arranjaram uma solução engenhosamente simples para o caso:
Bonito, não é?

Foi uma longa luta, mas este problema, que assolava a psique colectiva de Ponta Delgada, foi resolvido. Ah, e tudo graças ao meu post, claro... (presunção e água benta). Enfim, há quem tenha como cruzada a paz mundial e a luta contra a fome. Eu dei para aquele pedacinho de terra, que querem que eu faça?

Todavia, não consigo deixar de sentir uma ponta de remorso. É que pelo menos uma das pessoas que usava o “atalho” já foi vítima do sinal. Contam as testemunhas que já estava tão acostumada ao seu trajecto diário, que num dia de pressa entrou a toda a força pelo atalho adentro e...
...toma que já arrotaste!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

11 de Setembro...

O 11 de Setembro é sempre aquela coisa meio surreal. Eu, como o resto do mundo, tenho noção da magnitude política e social dos atentados. Mas ainda hoje, mesmo tendo visto vezes sem conta as imagens dos aviões a chocarem contra o WTC, admito que tenho dificuldade em imaginar a magnitude física da situação. Vejo um Boeing, o tamanho daquelas bestas, e lembro-me sempre o quão pequenos parecem ao pé das torres. Concluo de seguida: “Credo, aqueles edifícios deviam ser gigantescos”. Mas nunca os consigo visualizar muito bem…

Visitei ontem um site muito curioso, que vos deixo aqui hoje. Neste site, é possível ver todas as transmissões em directo feitas pelos principais canais norte-americanos, desde o dia 11 até ao dia 13 de Setembro de 2001. É interessante assistir ao desenrolar dos acontecimentos numa altura em que ainda ninguém tinha a noção do que se estava realmente a passar. Pode ver-se os jornalistas da CNN, por exemplo, em choque quando perceberam que a segunda explosão era de um segundo avião e a proferirem “My God” vezes seguidas durante a desmoronação.

Penso que estas imagens e emoções reais são o derradeiro documentário sobre o 11 de Setembro. Passem por lá...

sábado, 8 de setembro de 2007

A natureza faz-nos pensar...

Tirei esta foto um dia destes à noite:

E esta um dia destes durante o lusco-fusco:
Ao ver paisagens como estas, não consigo deixar de mudar a perspectiva com que vejo a minha vida. Dou por mim a parar, a apreciar estas telas quase divinas, e, num momento de introspecção, a pensar cá para mim: "Chiça, quem me dera ganhar o Euromilhões. Assim podia apreciar as paisagens, mas rico pa caramba!"

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O jazz… bom, o jazz…

Tenho de admitir que não consigo captar bem o jazz. Não me entra, não o percebo, não sei... O jazz irrita-me, mexe-me com aquele nervinho, é aquela coisa…

Ouço estilos musicais muito diferentes, desde blues a rock, passando por pop a hard-rock, metal e às vezes mesmo hip-hop, por isso acho que até tenho bastante abertura e sensibilidade para os diferentes sons.

Não sou nenhum prodígio, nem lá perto, mas toco à vontade guitarra acústica e eléctrica, baixo, bateria, contrabaixo, uns toques de piano e algumas marcas de campainhas de porta, por isso não se pode argumentar que não percebo os aspectos técnicos da coisa.

Mas o jazz… eh pá… O som de jazz faz-me sempre lembrar uma banda a executar uma peça inteira onde cada um está a tocar uma música diferente da dos outros todos, e em que a pessoa que está a fazer os solos está a improvisar e a fazer cenas altamente complicadas, mas fora do tom.

Às vezes nos ensaios (faço umas brincadeiras com os TunaFish na guitarra), quando chega à minha vez de fazer um solo, penso cá para mim: “Ena pá, isso parece jazz!” Mas depois percebo: “Ah, não! Era eu que me estava a enganar nas notas…”

Chamem-me inculto, ignorante, árido das ideias, mas não me entra. Já tentei ver o Mezzo, já levei para casa CD’s dos mestres do jazz, mas 20 minutos depois já estou desesperado à procura dos álbuns do Stevie Ray Vaughan ou dos Liquid Tension Experiment.

Alguém aí fora que gosta de jazz pode explicar-me a beleza da coisa? É que gostava genuinamente de perceber. A sério!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O turismo... e os turistas

O turismo realmente tem crescido bastante nos Açores. Temos recebido gente de imensas partes do mundo e, muitas das vezes, pessoas bastante interessantes. Já fiz vários trilhos pedestres com alguns destes turistas na qualidade de guia, e lembro-me especialmente de um senhor alemão que, explicou-me, tinha 12 anos por volta da II Guerra Mundial. Contou-me algumas histórias de arrepiar.

Adiante. Apesar do turismo ser muito bom, apesar dos turistas serem pessoas interessantes, há uma coisa que sempre me fez confusão: o seu gosto pelo vestuário. A sério, é uma coisa que me fascinou. É que vejam, será que um senhor que vem da Noruega sente assim tanto frio nos pés ao ponto de ter que calçar peúgas por baixo dos chinelos? “Ena pá, aquilo lá em Finnmark estava 10 graus negativos e andava-se bem descalço. Mas isso aqui nos Açores, com os seus 24ºC e com a humidade a 98%... não sei, tá fresquinho, não tá?”

Ainda ontem vi um senhor assim na Avenida. E ia acompanhado pela esposa (suponho que seja a esposa) que ia, tentem imaginar, com uns sapatinhos de verniz castanhos, peúga branca, calça de ganga pelo joelho, e um camiseiro branco cheio de rendas “anos 80 meets Primeira Comunhão” (devia ser para dizer com a peúga). Claro que pensei “Pronto, eles estão de férias. Se eu estivesse num país estranho onde ninguém me conhecesse, provavelmente também não me preocuparia muito com o que vestir”. Mas facto é que, algures ao longo da sua vida, a senhora comprou aquele camiseiro. Ou seja, entrou numa loja, gostou dele, e pagou para o ter.

Agora o que eu gostava mesmo de saber é como será que os outros países nos vêem a nós. Aposto que algures no mundo, neste preciso momento, está alguém a escrever no seu blog “E aqueles turistas portugueses, hein? Completamente apanhados! Ainda no outro dia vi um que, vejam lá, usava chinelos sem peúgas! Gandas malucos!!”

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