terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A poesia, a imaginação e o sucesso da P.J.

Os responsáveis pela Polícia Judiciária em Portugal julgo que também seriam bem sucedidos se tivessem optado pela literatura ou pela publicidade como áreas profissionais. Reparem bem, caros leitores, nos sugestivos e apelativos nomes que colocam nas suas operações... estão a ver?! Reparem nos recursos estilísticos a que recorrem, matéria mais que suficiente para ser pedagogicamente aproveitada e colocar os nossos jovens a aprender as riquezas da nossa língua.

Veja-se o caso da recente operação no Porto, "Noites brancas"... bonito e muito poético! Mas ajudem lá:

a) isto será uma antífrase, um eufemismo levado ao extremo para designar as "noites negras" do Porto?

b) ou será antes uma hipérbole?!... Tão grande é a vontade de criar uma nova e inesquecível imagem das noites no Porto chega-se ao exagero de afirmar que a noite não só deixou de ser negra, como também deixou de ser escura... passa a branca, em útlima instância deixa mesmo de ser noite!

c) ou será simplesmente um paradoxo? Como podem as noites ser brancas?

E as outras operações: o "Apito Dourado", a Operação Furacão", são o quê?!... fábulas... alegorias?

Vá lá... aceitam-se propostas de análise estílistica destas e de outras operações!

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